Wednesday, January 31, 2007

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Originally uploaded by Fernando Schubach.
De um um amigo...

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O Ser é a base. É onde ficam o País, a Cidade, o Bairro, a Casa onde nós nascemos, o tipo de Família que nos trouxe ao mundo com Raça, Origem e categoria social e formou a sua educação, seja doméstica, formal pela escola, informal ou social e no que o espelho e a sua consciência revelam e se aceita.

O Ter é aquilo que se agregou a nós, sejam bens materiais ou a bagagem cultural, intelectual ou científica, desenvolvida a partir dos valores que acredita positivos para a sua existência. O Ter é o que nós não temos e acreditamos possuir.

O problema é que, entre o Ser e o Ter, existe o Parecer. Algumas pessoas querem parecer o que não são e o que não têm. É o mundo da aparência, do supérfluo em que uma camisa ou um vestido, por exemplo, é aceite não por sua qualidade intrínseca, mas por ostentar uma marca de alta significação para a imagem de quem usa.

Um relógio, dando outro exemplo, deveria servir apenas para ler as horas, mas pode definir uma posição social de quem, diferencialmente ostenta uma marca famosa. Falo em objectos para não caminhar na senda perigosa da essência, pois aí o terreno é movediço.

A sociedade e, por mais que não queiramos estamos nela envolvidos, cobra o Ser, o Ter e o Parecer.

O Parecer é o reflexo, a imagem que os outros têm de nós, a partir de juízos de valor falsos ou verdadeiros. É aquilo que pode ser fabricado com “marketing pessoal”e o sair de casa, para mostrar-se ou ser visto, compensa o vazio de não poder ficar consigo mesmo e gostar disso.

Algumas pessoas acreditam Ser o que os outros pensam ou dizem delas. Essas pessoas, certamente, ficam à cata do que se chama de validação. A validação, é acreditar no que o outro diz para admitir-se Ser aquilo. Não pesa, para o validado, a referência própria, aquilo que a sua essência profunda diz, mas o que lhe é soprado ou gritado no seu ouvido ou escrito a seu respeito.

Essa eterna questão entre o Ser, o Ter e o Parecer passa, talvez necessariamente, pela maior ou menor capacidade de cada um se auto-avaliar e ver a auto-estima a partir da própria consciência. Mas, descubro ter começado um assunto que não cabe em texto. Bem apropriado, seria um Ensaio ou Tese para os quais, infelizmente, faltam-me engenho, densidade e tempo.

Ainda assim … a mim não me interessam os Rolex, os Jaguar, os Dinheiros. Quanto a mim, cada vez mais me interessa Ver o CORAÇÃO das "COISAS", e mesmo assim quanta vezes me engano!

Como disse Chamfort: “Há tolices bem vestidas como há tolos bem vestidos”.

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