Friday, April 27, 2007


Saiba Lidar Com Seus Filhos


Diga o que a criança deve fazer,
em vez de dizer "não faça isso".
Educar é corrigir.

Corrigir é substituir uma forma de reação inconveniente
por uma adequada.
Dizer apenas "não faça isso" é dar uma ordem negativa.

A criança tem prazer na ação.

Para desviá-la da ação inconveniente
é preciso sugerir-lhe a ação conveniente,
a fim de não privá-la do prazer de agir.

Não diga que uma coisa é má apenas porque lhe aborrece.

A qualificação de uma coisa em boa ou má
é importante para a criança na formação da as capacidade
de julgamento.

Não deve ser feita com fundamento apenas
na tendência afetiva momentânea de quem faz.

Se é má,
cumpre dar a razão de modo compreensível para a criança,
e esta razão deve estar na coisa em si
e não no agrado que nos causa.

Não fale da criança em sua presença,
nem pense que ela não escuta, não observa, nem compreende.

A criança se sente objetivo da atenção dos adultos,
quer quando a elogiam, quer quando a censuram,
desenvolve uma excessiva estima de si mesma,
que a levará a procurar essa atenção de qualquer maneira,
e a sofrer quando não a consegue.

Não interrompa o que uma criança está fazendo,
sem avisá-la previamente.

A criança tem prazer na ação.

Interrompê-la subitamente é causar-lhe violenta emoção
de natureza inibidora.

Se é necessário interrompê-la,
proceda de modo que se evite a emoção de surpresa.

Não manifeste inquietação
quando a criança cai, ou não quer comer, etc.
Faça o que for necessário sem se agitar e alarmar-se.

A inquietação alarmada em torno de qualquer episódio
da via de uma criança serve, apenas, para ampliar
o tom emocional do acontecimento.

Cumpre, ao contrário, considerar as coisas com naturalidade,
para que nela se desenvolva a capacidade de dominar
suas próprias emoções.

Ocupe-se dos interesses e necessidades da criança,
em vez de somente demonstrar amor acariciando-a constantemente.

O carinho físico é agradável para quem o dá e recebe,
mas pode não corresponder aos interesses e necessidades reais
da criança: Deus, amor, aceitação, significado, apreciação, segurança, pertencer, ensino, elogios, disciplina e etc.

Vá passear com a criança, em vez de levá-la para passear.

A criança, por suas deficiências naturais, é uma dependente.

Quanto mais cedo se anular em seu espírito
tal sentimento de dependência
tanto mais rapidamente se completará o sentimento
de que se basta a si mesma.
"Levá-la para passear"
é colocá-la na dependência da iniciativa alheia.
"Ir com ela passear"
é associar-la à iniciativa e à ação, o que lhe dará mais prazer.

Não faça sermões morais à criança pequena.

As expressões de conteúdo moral
são incompreensíveis para a criança pequena,
porque são abstratas.

Os "discursos" e "sermões" que as contenham
valem somente como expressão inteligível de uma estado de espírito que ela não compreende e que a alarma.

Sempre cumpra as suas promessas.

Para a criança, prometer é começar a realizar.
Se a promessa não se cumprir, haverá uma frustração
como se a criança houvesse sido privada de alguma coisa,
o que se dá em seu espírito origem à descrença.

Sempre diga a verdade para a criança.

A mentira até pode ser aceita socialmente,
mas para a criança é uma desilusão e destrói a autoridade
como fonte de conhecimentos e fonte da verdade.

(Academia da Inteligência)

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